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Pai da Mônica, Mauricio de Sousa comemora 50 anos de
carreira
FABIANO RAMPAZZO

         Você já viu um cachorro azul? E alguém que só faz comer e não engorda nunca? Será possível
viver sem nunca tomar banho? Já encontrou alguma vez uma menina de seis anos com a força de
10 homens? “Blincadeilas” à parte, qualquer pessoa que já leu alguma história da Turma da Mônica
conhece muito bem essas personagens e tantas outros que Mauricio de Sousa criou nos últimos 50
anos.
É isso mesmo, neste 18 de julho de 2009 o quadrinista completa 50 anos de carreira, data que
marca a publicação de sua primeira tira, em 1959. Naquela época, Mauricio era repórter policial do
jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), e a partir deste dia iniciava-se este que seria o
maior império dos quadrinhos no Brasil, com mais de 200 personagens e 1 bilhão de revistas
publicadas em todo o mundo.
Para quem não sabe, o primeiro personagem criado por Mauricio de Sousa foi o cãozinho Bidu.
Nesta simbólica e primeira tirinha, de 18 de julho de 1959, Bidu aparece com Franjinha e a história
não tem texto [verbal]. Por dez anos, Mauricio de Sousa teve suas tirinhas publicadas em diversos
jornais até que, em 1970, surgiria a primeira revista da Mônica, publicada pela Editora Abril.
Inspirada em uma das filhas de Mauricio, Mônica é uma personagem com força, não só na
personalidade, mas nos socos e coelhadas. E, como na vida real, não larga seu coelhinho de
pelúcia por nada. “Eu dizia quando ela tinha dois anos: ‘Você não é a Mônica, uma coisa é a
personagem da revistinha, outra coisa é você’. Eu não queria que a minha filha fizesse essa
confusão e nem que se cobrasse por isso”, conta o pai zeloso.
E parece que funcionou. Mônica, hoje com 49 anos, diz que durante sua infância chegou a pensar
que tinha a mesma força de sua homônima dos quadrinhos, mas os alertas do pai a ajudaram a
separar as coisas. “Durante a minha adolescência a personagem chegou a incomodar um pouco,
porque teve aquela campanha na TV, da Mônica com o Jotalhão para uma marca de extrato de
tomate, e todo mundo que me via perguntava, ‘cadê o elefante?’. Fora isso, sempre convivi bem”,
diz Mônica Spada e Sousa, a Mônica da vida real.

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